domingo, 15 de maio de 2011

Futsal no Santos FC: O começo da parceria

O antigo sonho santista de ter um time de futsal saiu do papel, e já vem dando resultados em quadra

Pedro Henrique Fonseca


No dia 30 de novembro de 2010, o Santos Futebol Clube através de seu site oficial, divulgou que equipe além do futebol masculino e feminino, agora também teria seu time de futsal. A diretoria prometia através do comunicado, um super time de futsal, para disputar os maiores torneios nacionais em 2011.

Na minha opinião o Santos Futebol Clube acertou em todos os passos que deu na fase de negociação com patrocinadores, escolha de elenco, e comissão técnica.
A Cortiana Plásticos é uma empresa tradição no futsal do Rio Grande do Sul que há anos vinha montando bons times de futsal, e que sempre chegavam às fases decisivas do campeonato, a Cortiana também cedeu ao Santos à vaga na Liga Futsal por duas temporadas (2011/2012), e que ao término destes dois anos pode ser renovado caso seja interesse de ambas as partes.

A parceria entre empresas e os clubes de futsal, é comum e vencedora. Os clubes que não contam com um grande parceiro, têm mais dificuldades do que os demais para se manterem ativos, pois além da ajuda financeira, as empresas compram as vagas da liga futsal, e as “emprestam” para as equipes. O maior exemplo de uma parceria de sucesso foi a Malwee Jaraguá – SC (clube que cedeu mais jogadores para o Santos), que em 19 anos conquistou quatro vezes a Liga Futsal, cinco vezes a Taça Brasil, e oito vezes o Campeonato Catarinense de Futsal. Em 2011 a Malwee Jaraguá pediu afastamento de um ano junto à Confederação Brasileira de Futsal (CBFS), pois não estava conseguindo manter os custos elevados da sua equipe. Em 2012 a equipe catarinense deverá estar de volta aos campeonatos.

Não se sabe de nenhuma parceira entre empresa e clube que tenha dado errado no futsal brasileiro.  Na liga futsal 19 dos 23 clubes participantes são frutos de parcerias entre empresas e agremiações.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Técnicas dos goleiros de futsal

Fechar o ângulo, reflexo e chute com qualidade são algumas usadas pelos arqueiros na modalidade
Pedro Nogueira

Como o tema deste blog é futsal, nada melhor que começar escrevendo sobre uma função um tanto quanto traiçoeira e ingrata, que seriam a dos goleiros em geral, inclusive os de futsal. Em certo momento ele é o herói, e segundos depois, o vilão. Dentro do tema goleiros de futsal, comentarei sobre as técnicas utilizadas por eles em jogos, mostrando na seqüência vídeos com essas técnicas.
No futsal, a maioria dos arqueiros tem uma estatura baixa, que convém com o tamanho das traves, menores que as de campo. Se tivessem uma estatura alta prejudicaria, pois nas defesas rasteiras, o arqueiro iria ter uma maior dificuldade de chegar na bola e defender. E é neste assunto que o uso dos pés para realizar defesas rasteiras, entram nas técnicas que um goleiro de futsal necessita ter.
Muitos goleiros de futsal utilizam essas técnicas na modalidade. Em um chute forte rasteiro, o uso do pé faz com que ele tenha uma reação/reflexo mais rápido para chegar na bola, diferentemente , de pular e esticar o braço. Não é comum goleiros defenderem bolas rasteiras com a mão, até porque a distância entre as duas traves é pequena. Além disso, no meu modo de ver, como o pé do arqueiro esta sobre o chão, sua reação é muito mais rápida para realizar a defesa. Inclusive ela é uma técnica especifica nos treinamento de goleiros de futsal.
Outra técnica muito utilizada pelos guarda metas é a de fechar ou diminuir o ângulo dos atacantes/pivôs. O arqueiro fica de joelhos na frente do adversário, diminuindo e fechando o ângulo, ou seja, ele obstrui a possibilidade de onde o jogador adversário pode chutar para fazer o gol. A técnica só é utilizada quando estão no um contra um, sendo mais claro, somente quando o goleiro e o atacante estão frente a frente. Essa é uma técnica muito importante em minha opinião, pelo fato de que ela é muito usada nos jogos, e em lances cruciais do jogo, ou seja, lances claros de gol. Um goleiro que usa corretamente essa técnica, fechando bem o ângulo do adversário faz com que seu time não tome gols, tendo mais chances do seu time vencer a partida.

O chute no futsal também é uma técnica muita importante para os goleiros. Nessa modalidade eles participam muito do jogo, chegando muitas vezes a metade da quadra para finalizar contra o time adversário. Nesse vídeo abaixo, em um jogo realizado na final da Liga Futsal de 2009, sendo o seu time Carlos Barbosa, o campeão daquele ano, o goleiro Lavoisier, que já teve passagens por diversos clubes, como Vasco da Gama e Sport Club Ulbra (Rio Grande do Sul), após realizar uma defesa, ele chuta e encobre o goleiro linha do time adversário, faltando nada menos do que cinco segundos para acabar o jogo. Na minha opinião, o goleiro que treina a técnica do chute, e sabe utiliza-la nos momentos certos, como esses do vídeo, se destaca dos demais goleiros. No vídeo, ele chuta para encobrir o outro arqueiro, exatamente quando o time adversário utiliza um goleiro linha, que normalmente fica adiantado, pois ele sai para o jogo, distribuindo passes. O goleiro linha é utilizado normalmente quando a equipe está perdendo o jogo. No caso do vídeo, o time adversário Jaraguá Malwee Futsal estava perdendo por 1x0.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Bola de futsal: da serragem ao Polímero

EVOLUÇÃO: A redondinha pesada e que quicava deu lugar a maciez e jogabilidade

Pablo Menin

Sem querer fazer propaganda, a Penalty – empresa brasileira de confecção e distribuição de materiais esportivos -, está dominando o mercado do futsal no brasil. A Max 1000, bola oficial da Liga Nacional de Futsal é fabricada por ela . Contém oito gomos, tecnologia exclusiva TermoTec, confeccionada com PU ultra 100% e pesa de 410 a 430 gramas.

Com número menor de gomos, a bola fica mais veloz deixando o jogo corrido. A tecnologia TermoTec evita que água entre na bola aumentando sua durabilidade, porém nunca vi ninguém jogar futsal na chuva, acreditarei que é por causa do suor. E o PU ultra, ou seja, uma cadeia de polímeros, mesmo material utilizado nos preservativos, torna a bola mais elástica e resistente aumentando sua maciez e absorção de impactos. Essa bola só falta falar, é sensacional!

A Topper, outra empresa brasileira de confecção e distribuição de materiais esportivos, vem logo atrás da penalty, porém com menor expressão no futsal. Também tem sua bola de futsal, a TRG Futsal C/C. Revestida com PU e PVC, essa bola também tem extrema tecnologia para deixá-la macia e adaptável para cada jogador. Mas eu continuo preferindo a da Penalty, por ter mais tecnologia e ser aprovada pela FIFA.
Goleiros e jogadores de linha não têm do que reclamar das bolas de hoje, pois eles não jogam mais com aquelas costuradas a mão, cheia de gomos, pesada e que ardia onde pegasse. E também tem que agradecer, pois a bola de antigamente, até podia matar uma pessoa, com uma bolada no peito, de tão pesada. Mas hoje, não temos mais casos relacionados a esse tipo.

Outra referência da qualidade da bola da Penalty está nas quadras de alugueis ou clubes. Sempre tem uma bola da Penalty, a Max 500, um pouco menor do que a Max 1000, porém não deixa a desejar na tecnologia. E fato curioso, é que elas de tão velhas, chegam perder a cor e ficam ou esbranquiçadas ou pretas de sujeira, mas não estragam facilmente e nem deformam.

Desde a primeira bola feita de crina de vegetal e serragem até a que temos hoje, a tecnologia tem suma importância. Foi através dela, que se permitiu tornar a bola mais leve, sem fazê-la quicar, mais macia, sem perder a força na hora do chute, mais resistente, sem deixa-la dura e mais rápida, sem acrescentar peso.

Já para as empresas internacionais, como Adidas, Nike e Puma, eu não senti diferença com ambas as bolas citadas. Além de ter um custo maior, a tecnologia aplicada em todas é muito parecida, por isso é difícil dizer qual é a melhor. Mas mesmo assim meu voto vai para a brasileira Max 1000, da Pentalty, que além de ser a bola da Liga Nacional de Futsal do Brasil, está presente na Liga Canadense, Espanhola, Gaúcha (Brasil) e Catarinense (Brasil).